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Cultura e cidadania

Portugueses estão unidos na insatisfação com Portugal e Governo não tem «margem para erros», diz Grupo Sociedade e Política da Pastoral da Cultura

O Grupo Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura considera que a abstenção eleitoral provou o descontentamento da população com o país e salienta que o novo Governo não tem «margem para erros».

«Os Portugueses estão unidos numa insatisfação séria com a atual situação do País», sendo esta «talvez a única conclusão clara dos resultados eleitorais de 5 de junho», assinala o documento intitulado “Tempos de exigência”.

Para o Grupo Sociedade e Política, «a esperança inerente à entrada em cena de um novo Executivo» é insuficiente para «fazer esquecer a abstenção que continua a revelar o descrédito da política e dos seus atuais intervenientes, mesmo considerando as muitas dúvidas que existem quanto à sua real dimensão».

«Para muitos Portugueses não ficou muito claro se, de entre os que se apresentaram a eleições, estaria a pessoa certa para levar o barco a bom porto», refere o documento, acrescentando que «depois de experimentar o resultado do abandono da política, a Sociedade vai ter que se desinstalar».

O apelo à cidadania passa pela atenção às atitudes e comportamentos dos membros do Executivo: cada contribuinte deve encontrar «formas de exigir que os líderes políticos e o novo Governo empossado deem o primeiro exemplo de coragem e determinação».

«Não há margem para erros. Cabe ao País não deixar de exigir continuadamente provas de confiança dos homens do leme. A estes é exigida verdade e lealdade para com o País», ainda que «tenham que ser “desleais” para com a tradicional lógica de favores dos aparelhos partidários», assinala o documento.

Os signatários frisam que é preciso «mudar discursos» e simultaneamente «contribuir muito mas exigir ainda mais», mesmo que os «meios de participação para aqueles que não têm vocação de participação política partidária» aparentem «ser áridos e ineficazes».

Para contornar esta realidade é preciso descobrir «formas de crescente e consistentemente os cidadãos e os políticos comunicarem, de serem feitas novas propostas por grupos da sociedade civil e de serem analisadas e criticadas as propostas do Governo».

«Das poucas certezas que ainda podemos ter é que é preciso fazer por “renascer”»: «Temos que voltar a cuidar dos valores essenciais da nossa Sociedade pois só com um verdadeiro espírito de união e um atento olhar solidário poderemos ultrapassar os próximos tempos como País e como Nação.»

Depois de salientar que os portugueses devem apostar no trabalho «de forma exemplar, empenhada e produtiva», o Grupo Sociedade e Política acentua que «só com uma justiça distributiva» é possível ultrapassar a crise, pelo que «vai caber aos cidadãos assegurar que o contributo é dado por todos e de forma justa».

«Este é o tempo em que Portugal terá que se reencontrar. Compete-nos a todos, e não apenas aos políticos, reinventar a democracia. Por cada um de nós, pelos que nos antecederam e pelos nossos filhos. O nosso amanhã nasceu hoje», conclui o documento.

Este é o segundo documento publicado pelo Grupo Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, após o lançamento, a 25 de abril de 2011, do texto “Eleições – Uma nova oportunidade para Portugal”, onde se defendia que «o envolvimento de cada português nos destinos do País torna-se sobretudo um dever».

 

Rui Martins
© SNPC | 03.07.11

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