Prioridade dos padres é serem pastores e manterem vivo enamoramento por Cristo, sublinha papa Francisco

O papa Francisco vincou hoje, no Vaticano, que a principal missão dos padres é serem pastores, ou seja, acompanharem de perto as pessoas das suas comunidades, e nunca esquecerem o enamoramento por Deus.

«Nunca esquecer o primeiro amor. Nunca», vincou o papa, citado pela Rádio Vaticano, antes de salientar a identidade central do padre, que se sobrepõe ao querer tornar-se «um intelectual da filosofia ou da teologia ou da patrologia»: «As mãos do bispo sobre a nossa cabeça [no rito da ordenação] é para se ser pastor».

Depois de se interrogar pelo «primeiro amor», o padre deve questionar-se, assinalou durante a homilia da missa a que presidiu: «Sou pastor ou sou um empregado desta ONG que se chama Igreja? Há uma diferença. Sou pastor? Uma pergunta que eu devo fazer-me, os bispos devem fazer, até os padres; todos».

Para os pastores, não há «glória» nem «majestade», observou Francisco: «Não, irmão. Acabará da maneira mais comum, até mais humilhante, muitas vezes: na cama, a darem-te de comer, a vestirem-te... Mas inútil, doente».

A única «certeza» é seguir Cristo, sabendo que o destino é «acabar» como Ele: «Como a semente, e depois virá o fruto. Mas eu não o verei».

«Se perdemos a orientação ou não sabemos como responder ao amor, não sabemos como responder sobre o ser pastor, não sabemos como responder ou não temos a certeza de que o Senhor não nos deixará sós, mesmo nos momentos mais difíceis da vida, na doença».

A todos os sacerdotes e bispos, Deus dê «a graça de encontrar sempre ou recordar o primeiro amor, de ser pastores, de não ter vergonha de acabar humilhado sobre uma cama», e a «graça de «andar atrás de Jesus, no rasto de Jesus, a graça de segui-lo», concluiu Francisco.

Rádio Vaticano
Trad./redação: SNPC/rjm
06.06.14