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Religiosa católica recebe prémio de "Mulher do Ano" na Índia

Religiosa católica recebe prémio de "Mulher do Ano" na Índia

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A revista com maior circulação na Índia, "Vanitha" ("Mulher") elegeu uma religiosa católica para a atribuição do seu prémio anual, escolha que foi divulgada na terça-feira, véspera do Dia Internacional da Mulher.

O prémio de 100 mil rupias reconhece o serviço prestado pela irmã Sudha Varghese, de 68 anos, entre as pessoas mais pobres dos grupos dalit em Bihar, na região oriental da Índia.

Nascida em 1949 numa família próspera do estado de Kerala, Sudha transferiu-se em 1965 para o estado de Bihar, a fim de trabalhar com pessoas pobres na congregação das Irmãs de Notre Dame.

Sudha deixou a tarefa de professora que lhe tinha sido atribuída no convento para trabalhar a tempo inteiro no desenvolvimento socioeconómico dos musahar (literalmente "comedores de ratos"), que viviam como escravos sob o sistema de castas.

Em 1987 fundou a organização "Nari Gunjan" ("Voz das Mulheres"), que agrega múltiplas atividades, como educação, advocacia e sistemas de amparo social.

Oe organismo coordena mais de mil grupos de auto-ajuda para mulheres musahar, cada qual composto por 10 a 15 pessoas que recebem educação sobre os seus direitos e auxílios para se tornarem financeiramente independentes.



«As vidas adultas das crianças vão ser afetadas por aquilo que se escolher fazer agora. Que oportunidades estamos a dar-lhes? A educação é a prioridade; sem ela, não têm o poder de fazer escolhas sobre o que querem ou podem aceitar»



A atuação da religiosa ajudou a acabar com o casamento de crianças, bem como com a sua exploração por parte de pessoas de castas mais altas, e cerca de 2250 raparigas tiveram apoio para concluírem o ensino secundário ou frequentarem centros de desenvolvimento de competências.

Em 1989 obteve grau académico em Direito com o objetivo de apoiar judicialmente mulheres vítimas de violência, violação e abuso sexual.

«As vidas adultas das crianças vão ser afetadas por aquilo que se escolher fazer agora. Que oportunidades estamos a dar-lhes? A educação é a prioridade; sem ela, não têm o poder de fazer escolhas sobre o que querem ou podem aceitar», declarou em janeiro deste ano à edição indiana da página "The Huffington Post".

As intimações que lhe têm sido dirigidas não a demovem: «Mesmo quando sou ameaçada, fico interiormente assustada, mas não mostro medo. Não é possível fazer tudo, mas é possível fazer muito».

Em 2006 a irmã Sudha foi distinguida pelo governo indiano com uma das mais altas condecorações civis. tendo também recebido condecorações por parte de vários estados da União.

De acordo com dados do organismo indiano que controla as circulações da imprensa escrita, a revista "Vanitha" vendeu em dezembro de 2013 perto de 690 mil cópias.



 

In "Matter's India", "Alchetron"
Edição: SNPC
Publicado em 09.03.2017 | Atualizado em 17.04.2023

 

 
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