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O sonho de Martin Luther King continua vivo

O sonho de Martin Luther King (1929-1968) «ainda vive cinco décadas mais tarde». O arcebispo de Washington, cardeal Donald William Wuerl, recordou o famoso discurso de King, pronunciado há 50 anos, acentuando o compromisso que a Igreja católica nos EUA também concretiza em favor da justiça racial e social.

Os manifestantes, cerca de um milhão, «vieram de todos os Estados Unidos e de todos os cantos de Washington. Nesse dia inesquecível, 28 de agosto de 1963, os participantes na Marcha de Washington ouviram aquelas palavras históricas do Rev. Dr. Martin Luther King Jr.: "I have a dream" [Eu tenho um sonho]», escreveu o prelado a abrir o seu artigo no "National Catholic Reporter".

«A estátua majestosa de King no seu novo memorial em Washington lembra-nos o seu feito grandioso em conduzir a nossa nação a uma consciência mais plena da igualdade de todos perante Deus. O seu sonho, com profundas raízes na oração e na Sagrada Escritura, continua a desafiar-nos a ver uns aos outros como irmãos e irmãs, filhos do mesmo Deus de amor», vincou Donald Wuerl.

«Como pessoas de fé e como americanos, nunca poderemos ser letárgicos ou complacentes perante o pecado do racismo ou qualquer forma de injustiça», apontou.

O cardeal vincou que a fé «nunca pode ser relegada a apenas uma hora dentro da igreja ao domingo»: «Como o Papa Francisco nos pediu, é preciso "sair" e levar o amor de Cristo e a esperança para as nossas comunidades e o nosso mundo». 

«É por isso - realça - que programas de instituições de caridade católicas e hospitais católicos continuam a levar o amor de Cristo e a esperança para aqueles que delas necessitam, independentemente de raça, religião, género [gender], nacionalidade ou orientação sexual. É por isso que devemos continuar a lutar pela dignidade da vida humana, pela liberdade religiosa e pela justiça para os imigrantes. A nova encíclica do nosso papa, Lumen Fidei, lembra-nos que a fé é a luz que deve guiar nossas vidas. Foi-o certamente para King.»

Com Luther King no Memorial Lincoln», recordou o prelado, esteve o seu predecessor como arcebispo de Washington, arcebispo Patrick O'Boyle: «Pronunciou a invocação e rezou para que os ideais de liberdade, abençoados pela nossa fé e pela nossa herança de democracia, prevaleçam no país».

O'Boyle incentivou grupos católicos, paróquias e universidades a participarem na marcha realizada em Washington a 28 de agosto de 1963, bem como a acolherem pessoas vindas de longe.

«Nós honramos o seu legado [Martin Luther King] e o de O'Boyle, ao continuar o seu trabalho. Hoje, esse esforço também assume a forma de proporcionar oportunidades educacionais para todas as crianças, especialmente para aquelas que, de outra forma, seriam enviadas para escolas muitas vezes designadas como "deficientes"», salientou.

As 96 escolas católicas da arquidiocese de Washington, que exigem um esforço financeiro que sextuplicou nos últimos anos, servem quase 30 mil crianças na capital e em Maryland. Muitas pertencem a minorias e não são católicas.

«Com esta fé, seremos capazes de transformar as discórdias estridentes de nossa nação numa bela sinfonia de fraternidade», assinalou Luther King. O dia virá «quando todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir as mãos e cantar nas palavras do velho espiritual negro: "Free at last! Free at last! Thank God Almighty, we are free at last!" ["Livres, finalmente! Livres, finalmente! Graças a Deus Todo-poderoso, somos finalmente livres"]».

Martin Luther King foi assassinado a 4 de abril de 1968.

 

 

 

SNPC / Vatican Insider
© SNPC | 28.08.13

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