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Contributo dos cristãos no espaço público deve ser «profético»

A presença e a atuação dos cristãos na sociedade portuguesa deve ser profética, afirmou esta terça-feira o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) ao comentar a exortação “Evangelii gaudium” (A alegria do Evangelho), do papa Francisco.

Referindo-se à dimensão social da evangelização, o maior capítulo do documento, o padre José Tolentino Mendonça salientou que «é muito importante» o apelo do papa para uma «presença atuante dos cristãos na vida pública, na vida social».

A «humildade de se saber que a religião é uma parte do todo público» está a par do «estímulo muito grande a que a presença dos cristãos seja um fermento de grande esperança, e que o seu contributo em todas as áreas, como a economia, a política e a cultura, seja um contributo profético», sublinhou.

«Que a Igreja possa sinalizar valores tão fundamentais como o afirmar que ninguém é descartável, que nenhum ser humano se pode considerar como lixo, mas que para cada pessoa a sociedade tem de encontrar um lugar na história», vincou.

Em Portugal continua a haver «um conjunto de preconceitos grandes em relação ao religioso», afirmou à margem do colóquio “Religião e espaço público”, organizado em Lisboa pelo SNPC e pela Universidade Católica Portuguesa para assinalar os 1700 do Edito de Milão.

«Ainda não nos curamos das feridas da I República, em que a religião aparece quase como uma experiência sem legitimidade política e pública. Nesse sentido há um caminho que se está a fazer no Portugal democrático. Uma das finalidades de encontros como este é mostrar a absoluta normalidade de uma reflexão religiosa no espaço público», explicou.

Para o vice-reitor da Universidade Católica, a «religião precisa de ser olhada como um parceiro com toda a legitimidade a atuar no espaço público».

«O papel das religiões no interior de uma cultura e de uma sociedade é a promoção da paz, a aproximação entre as pessoas e a construção de um conjunto de valores civilizacionais e espirituais que possam ser um contributo efetivo para uma sociedade digna desse nome», sublinhou.

O padre Tolentino Mendonça está convicto de que a política, o poder e a religião «coexistem a partir de uma ideia de compreensão das suas próprias diferenças», pelo que «a separação dos poderes é um enorme benefício para as sociedades democráticas».

«Na especificidade» das instâncias presentes na sociedade «é possível haver um encontro e uma harmonia», assinalou.

O Edito de Milão, promulgado em 313, permitiu aos cristãos do Império Romano afirmar publicamente a sua fé sem que essa manifestação implicasse perseguição, tortura e morte, como aconteceu em alguns períodos e regiões durante os séculos anteriores.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 03.12.13

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