Prémio de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes
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Distinção

Maria Helena da Rocha Pereira recebe Prémio Vida Literária

A escritora Maria Helena da Rocha Pereira foi distinguida com o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores. A distinção, no valor de 25 mil euros, foi decidida por maioria pelo júri.

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, sublinhou o facto de a professora universitária ter “moldado sucessivas gerações de leitores além de ser uma referência viva da cultura a que pertencemos”. Acrescentou que a APE está convicta de se tratar de uma decisão contra-corrente mas que o critério foi o mérito.

A exaustividade do trabalho de Maria Helena da Rocha Pereira também mereceu fortes elogios da vogal Teresa Martins Marques, que enalteceu ainda a carreira “de grande devoção” da premiada, considerando que só assim a “se chega a um conhecimento tão profundo” quanto o da ensaísta, num tempo em que somos marcados “pela literatura light” concluiu.

Foto SNPC

Maria Helena da Rocha Pereira, 85 anos, foi a primeira mulher catedrática da Universidade de Coimbra. Professora na Faculdade de Letras, naquela universidade, é considerada a maior autoridade portuguesa em Estudos Clássicos, sendo um dos nomes mais importantes na investigação em Estudos Literários-Línguas e Literaturas Clássicas, Cultura e Literatura Gregas.

A investigadora foi distinguida pela Igreja portuguesa em 2008, com a atribuição do Prémio de Cultura Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes.

No discurso que proferiu na cerimónia de entrega da distinção, Maria Helena da Rocha Pereira congratulou-se pelo facto de a mesma “contemplar, uma área que está nos alicerces da Cultura Europeia e de todas aquelas que, tributárias desta em muitos continentes – sem esquecer a longínqua Austrália e Nova Zelândia –, dela derivam”.

FotoSNPC

“Podem muitos dos nossos contemporâneos esforçar-se por esbater ou mesmo ignorar esta relação, mas a verdade é que tentar fazê-lo é renegar a História. É desconhecer a necessidade de aprender com aquela forma do saber que há mais de vinte séculos Cícero chamou ‘testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida’ e sobre a qual escreveu uma outra frase que ainda hoje precisa de ser meditada, sejam quais forem os caminhos para onde a sociologia actual pretenda desviar-nos: ‘Ignorar o que se passou antes de uma pessoa ter nascido é ser sempre criança’. E é também renunciar aos benefícios que traz consigo o estudo do Grego e do Latim, essas línguas cuja estrutura é tão propícia ao desenvolvimento do raciocínio e de cujo vocabulário brota quase toda a linguagem científica e técnica de que nos servimos – quer vinda directamente da Antiguidade, quer assente em neologismos a partir daquele constituídos”, referiu a autora no dia 20 de Junho de 2008, em Fátima.

FotoSNPC

Durante a sessão, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, enalteceu a obra de “quem dedicou e dedica um trabalho de tantos e tão preenchidos anos ao estudo e ensino da Cultura Clássica, com grande excelência internacionalmente reconhecida”.

 

Lusa / SNPC
© SNPC | 09.03.10

Maria Helena da Rocha Pereira
Paulo Ricca

 

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