A rotina diária da meditação
Temos poucos momentos livres.
Temos poucos espaços na vida em que não sabemos o que fazer.
Ou, então, temos tempo de mais e também não sabemos como ocupá-lo. Não raramente se vivencia a experiência de que quanto mais tempo se tem mais tempo se perde.
No entanto, todos sabemos que são os que mais ocupação têm que mais solicitações «sofrem». E, quase sempre, arranjam forma de lhes responder afirmativamente.
Por isso, é sempre possível encontrar algum tempo imprevisto ou subtraído àquele que imaginávamos sobreocupado. Nas filas de trânsito, no restaurante, no duche, na cozinha, no cabeleireiro...
E, nesse tempo, é preciso meditar. É na meditação, numa reflexão diária que se toma hábito, que tomamos consciência da vida, do que sentimos, do que fizemos, do que fazemos, do que temos de bom para implementar, do que temos de mau para eliminar.
É neste tempo nunca perdido que nos encontramos.
É neste espaço que dedicamos a nós próprios que cuidamos do que nos é mais essencial.
É nestes momentos que criamos condições para olhar melhor os outros, aqueles que esperam de nós o que não temos o direito de lhes negar.
Margarida Cordo
In Minutos de sabedoria, ed. Paulinas
02.09.13