Arquitetura

Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas e outros fundadores do Movimento de Renovação de Arte Religiosa reencontram-se para conferência e debate

O arquiteto Nuno Teotónio Pereira, a quem a Igreja Católica em Portugal atribuiu em 2012, por meio do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, é um dos intervenientes de uma conferência sobre o Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR) que vai decorrer em Lisboa.

No encontro marcado para 11 de dezembro, às 18h00, na Casa-Museu Medeiros e Almeida, intervêm também os arquitetos Nuno Portas, Diogo Lino Pimentel, António Freitas Leal, Luiz Cunha e João de Almeida, bem como o pintor Eduardo Nery.

A iniciativa realiza-se no âmbito da exposição temporária "João de Almeida - Arquitetura / Design / Pintura", já apresentada no site da Pastoral da Cultura.

O arquiteto João de Almeida (n. 1924), que co-assinou os projetos das emblemáticas igrejas de Moscavide (1955-57) e de Paço de Arcos (1967-68), ambas no patriarcado de Lisboa, foi um dos fundadores do Movimento de Renovação da Arte Religiosa (1953-1969).

A sessão é conduzida pelo arquiteto João Alves da Cunha, membro do Grupo de Arquitetura do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura que está a finalizar a tese de doutoramento centrada no MRAR.

Nuno Teotónio Pereira recebe o Prémio Árvore da Vida das mãos do bispo D. Pio Alves (Lisboa, 11.7.2012)

«Passaram-se quase 50 anos desde a última reunião do MRAR com todos os seus integrantes e o Movimento ficou em suspenso. Este reencontro de pessoas que entretanto seguiram um percurso diferente vai ser um momento especial», declarou João Alves da Cunha ao SNPC.

«De certa forma esta conferência está também ligada ao prémio que a Igreja atribuiu a Nuno Teotónio Pereira», acrescentou.

O responsável manifestou a «esperança» de que a iniciativa constitua a «passagem de testemunho para uma nova geração», marcando « uma nova renovação que é preciso fazer».

«Tenho muita expetativa que seja uma ocasião de celebração do que aconteceu, mas também o lançamento de uma possibilidade de abertura e transmissão do ânimo e da experiência de um conjunto de pessoas que, ao tempo, arrancaram cheios de dinâmica e coragem», sublinhou.

O encontro inicia-se com uma visita guiada à exposição evocativa de João de Almeida. A entrada é gratuita mas reservada à capacidade da sala (80 lugares sentados).

Rui Jorge Martins
© SNPC | 04.12.12