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Arquidiocese de Braga

Mosteiro de Tibães reabre integralmente após 23 anos

Mais de 20 anos de intervenções no Mosteiro de S. Martinho de Tibães, em Braga, chegaram ao fim. A terceira fase de recuperação do monumento nacional foi ontem inaugurada, pondo termo a uma longa renovação do edifício. A antiga casa-mãe da congregação beneditina em Portugal vai passar a acolher uma hospedaria, um restaurante e um centro de estudos.

A última fase de intervenção no mosteiro permitiu alargar a área visitável a todo o edifício. A ala sul do mosteiro e o claustro do refeitório, espaços que estavam quase totalmente destruídos, foram integralmente renovados. "Tentámos aproveitar sempre o máximo que podíamos da estrutura original, o que nesta ala foi pouco", explica João Carlos Santos, arquitecto responsável pela intervenção. "Só as paredes e algumas lajes de pedra se mantinham. O chão que existia era de terra", ilustra.

A obra de renovação da ala sul acabou, por isso, por ter um cunho mais contemporâneo, particularmente no espaço do antigo claustro do refeitório, destruído por um incêndio em 1894. "Esta zona estava completamente destruída, mas restabelecemos a ligação entre a livraria e o claustro do cemitério, criando uma varanda com vista sobre Braga", explica o arquitecto. No local foi também construída uma plataforma para eventos culturais, um palco multifunções com uma forma que sugere a configuração anterior daquele espaço.

A última fase de recuperação do Mosteiro de Tibães prolongou-se entre Setembro de 2006 e Dezembro do ano passado e custou cerca de 4,7 milhões de euros. O noviciado, o hospício e a cozinha foram também reabilitados. No edifício, cuja actual configuração data dos séculos XVII e XVIII, foi adquirido pelo Estado em 1986. Desde então o mosteiro começou a ser recuperado, mas as grandes intervenções estruturais começaram em 1994. Desde então já foram investidos mais de 13 milhões de euros.

Durante os últimos dois anos foi recuperado o espaço da antiga livraria, onde vai ficar instalado o Centro de Estudos de Ordens Monásticas, numa parceria com as universidades do Porto e do Minho. Cinco celas desta ala foram transformadas em locais de estudo para investigadores.

As antigas cavalariças deram lugar a uma nova área de recepção dos visitantes. Aqui foi instalado um centro interpretativo da história do mosteiro, com quiosques multimédia, bem como uma loja. Este será o ponto inicial da visita ao mosteiro, que a partir de agora incluirá o espaço das antigas cozinhas, agora recuperadas. Durante a última fase de intervenção foram detectadas as bases do templo medieval que existiu em Tibães, antes da criação da ordem beneditina.

 

 

 

Texto: Samuel Silva (Público, 09.09.2009)
Vídeo: SIC
09.09.09

Igreja do Mosteiro de Tibães






















 

 

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