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Teatro

A Paixão de Oberammergau

Há cerca de um ano que os homens da aldeia de Oberammergau estão a deixar crescer o cabelo. Uma aldeia hippy? Greve do barbeiro nesta terra de duas mil e quinhentas pessoas? Não, é que 2010 é ano da Encenação da Paixão de Cristo.

A gigantesca produção ocorre uma vez por década e envolve praticamente toda a aldeia. Cerca de metade dos habitantes participam de alguma forma na peça em si, que tem lugar num auditório com capacidade para cinco mil pessoas, o dobro de todos os habitantes de Oberammergau, mas que parece pouco para os cerca de 500 mil turistas que acorrem à aldeia, situada nos Alpes, para ver o espectáculo.

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A tradição começou em 1634. Com a Europa assolada pela Peste Negra os habitantes juraram encenar a Paixão de Cristo uma vez por década se Deus os livrasse da praga. Desde então só por duas vezes é que deixaram de o fazer: em 1770, quando a Igreja pediu ao Eleitor Maximiliano José, da Bavária, que banisse todos os espectáculos do género, e em 1940 a Segunda Guerra Mundial impediu a realização. Em ambos os casos a Paixão voltou a ser encenada dez anos mais tarde, mas em 1950 foi necessário obter a autorização dos americanos que ocupavam a zona.

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Ao longo dos séculos alguns dos costumes foram mudando. Por exemplo, hoje qualquer mulher pode participar, enquanto antes de 1990 apenas mulheres solteiras e com menos de 34 anos é que tinham esse direito.

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No seguimento do Segundo Concílio Vaticano, alterou-se um pouco o argumento para evitar cenas que pudessem inspirar anti-semitismo e, no ano 2000, a peça contou pela primeira vez com um actor muçulmano, da comunidade de origem turca que entretanto cresceu na aldeia.

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Este ano a época começa no dia 15 de Maio, com a última sessão prevista para 3 de Outubro de 2010. O espectáculo conta com cerca de 1500 figurantes, quase mil adultos e 550 crianças. A estes devem-se somar cerca de 50 membros do coro.

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A dramatização tem a duração de cinco horas, interrompidas por um intervalo para jantar de três horas: começa às 14h30 e termina às 22h30.

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Filipe d'Avillez
© SNPC | 26.01.10

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