Leitura
A Europa na Brotéria
A mais recente edição da Brotéria, revista de Cristianismo e Cultura fundada pelos jesuítas portugueses em 1902, é dedicada à Europa e às suas relações históricas e actuais.
No primeiro artigo, “A ‘Odisseia’, o homem ocidental em busca de si mesmo”, António Ary sublinha que o leitor deste clássico “aborda uma das fontes da nossa cultura” que constitui “um monumento cuja riqueza é inesgotável, no qual nada aparece por acaso mas tudo se reveste de significado”.
Manuel Braga da Cruz defende que o papel da Igreja Católica é “contribuir para a construção de uma nova sociedade europeia e para o reforço da sua identidade cultural, sem esquecer a cooperação mundial”, ela que “esteve na origem da formação” do continente.
Em “A palavra que falta à ideia de Europa”, Luís Machado de Abreu realça “a necessidade da presença actuante da palavra profética” que inscreva “no presente a crítica dos erros e bloqueios do passado” e acenda “a luz que dá magnanimidade, segurança e profundidade”.
A relação entre Império e Igreja é o principal objectivo de “Império e Papado na Idade Média: dois projectos em conflito”, onde José D’Assunção Barros examina os “aspectos políticos e imaginários” de uma relação que contrasta dois propósitos de cunho universalista “que terminam por se opor no contexto político e religioso do período medieval”.
José Eduardo Franco recorda que 2010 é marcado pela evocação de “Um Centenário duplo e paradoxal” que “comporta duas faces opostas”, isto é, a fundação da República Portuguesa e a expulsão das Ordens e Congregações religiosas.
A vida do “Padre Matteo Ricci: introdutor do cristianismo na China” é evocado por João Caniço, que recorda o percurso do missionário falecido a 11 de Maio de 1610 faz agora 400 anos, “depois de fundar cinco residências, baptizar mais de 700 fiéis e encarnar a metodologia jesuítica da missionação, tendo em conta os costumes, a língua e os preceitos religiosos dos lugares”.
O número de Março inclui ainda textos de Mário Martins (“Uma narrativa marítima do séc. XII”) e de Hermínio Duarte-Ramos (“Sistemas de Romanização da Língua Chinesa”), além de seis recensões.
rm
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16.04.10

Brotéria: 21 396 16 60; broteria@gmail.com
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